o código de trânsito e as bicicletas

Os direitos e deveres dos ciclistas no trânsito

Veja tudo que o Código de Trânsito diz sobre bicicletas e ciclistas nas ruas. Conheça os direitos e deveres de quem usa essa forma de mobilidade!

Bicicleta deve andar na contramão? Ciclista tem que pedalar na calçada? Há muitos mitos quanto ao uso da bicicleta, em parte porque o direito de usar a bicicleta nas ruas só veio a ser reconhecido pelo Código de Trânsito Brasileiro de 1997. Pouco tempo ainda, culturalmente falando, para consolidar suas regras e definições entre a população.

Por isso, o Vá de Bike comenta abaixo todos os artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que se referem à bicicleta e aos ciclistas. Informe-se e divulgue!

ciclista sinalizando para motorista em avenida
Ciclista circulando na via, ocupando a faixa. Certo ou errado? Foto: Thomas Wang/VdB

Bicicleta tem prioridade sobre os automóveis

De início, é preciso compreender que o Código de Trânsito Brasileiro prioriza a vida. Dessa forma, é sempre dada prioridade à proteção das pessoas, sejam elas motoristas, motociclistas, ciclistas ou pedestres. Por isso, muitas vezes o fluxo de veículos automotores fica em segundo plano – ao menos na letra da Lei.

Bicicletas, triciclos, handbikes e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores. Portanto, quando falarmos em bicicletas neste artigo, considere que podem também ser “ciclos” de outra natureza.

O Anexo I do CTB traz a definição de bicicletas e ciclos, que são considerados veículos:

BICICLETA – veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor.

CICLO – veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.

A preferência sobre os automóveis é definida pelo Art. 58, que determina que os motoristas devem dar passagem e preferência para quem está numa bicicleta. Esse artigo também define onde o ciclista deve circular. Veja a seguir.

Onde o ciclista deve circular

Sobre o local correto para os ciclistas circularem, o Código de Trânsito Brasileiro diz o seguinte:

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

Esse artigo define diversos aspectos de circulação em um texto curto:

  • a bicicleta deve circular preferencialmente em ciclovias, ciclofaixas ou acostamentos
  • na ausência dessas estruturas deve-se usar os bordos da pista, na mesma mão dos carros
  • bicicletas têm prioridade de circulação sobre os veículos motorizados

Bordo da pista

O chamado “bordo da pista” é a lateral da via. Ele pode ou não estar delimitado por uma faixa contínua, mas geralmente não está, o que o deixa sem uma definição clara.

BORDO DA PISTA – margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos.

Dessa forma, o conceito de bordo fica aberto a interpretações. E a que consideramos mais segura é considerar como área de circulação a faixa direita da via, que a bicicleta deve ocupar como o veículo que ela é. Nesse vídeo mostramos na prática por que essa é a conduta mais segura.

Em resumo, a não ser que exista estrutura específica, o lugar da bicicleta é na rua, exercendo seu direito de circulação como veículo, no mesmo sentido de circulação dos carros. O ciclista pode usar ambas as faixas laterais da via (por isso “bordos”, no plural), embora não seja recomendado usar a faixa esquerda a não ser para realizar conversões. E os motoristas devem aguardar e dar passagem, respeitando a Lei e preservando a vida.

Ocupando a faixa, os motoristas passam para a faixa ao lado para fazer a ultrapassagem. Foto: Thomas Wang/VdB

Velocidade mínima

Ao contrário da crença popular, não existe velocidade mínima na faixa da direita. Não fosse assim, caminhões de lixo e ônibus carregados de passageiros, por exemplo, também não poderiam circular nas avenidas.

Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita:
Infração – média;
Penalidade – multa.

Uso do corredor

A bicicleta pode ultrapassar os carros pelo corredor, quando estiverem parados ou aguardando em fila. No entanto, quando entrarem em movimento, é mais seguro seguir atrás deles como veículo. Não se arrisque.

Isso é definido indiretamente pelo Artigo 211 que, apesar de definir esse tipo de ultrapassagem como infração, explicita a exceção para veículos não motorizados.

Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
Infração – grave;
Penalidade – multa.

Ciclovias e ciclofaixas

O Código de Trânsito define o que são ciclovias e ciclofaixas, esclarecendo que são para uso exclusivo de ciclos. Ou seja, não podem ser usados por veículos motorizados (incluindo ciclomotores e cicloelétricos) e nem por pedestres. Veja aqui as diferenças entre ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota. O texto também define o conceito de bicicletário.

CICLOVIA – pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.

CICLOFAIXA – parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.

BICICLETÁRIO – local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas.

As ciclofaixas podem ser implantadas em sentido contrário ao fluxo normal da via, permitindo a criação de caminhos mais curtos e menos inclinados para quem se move com a força das pernas em vez de um motor.

Art. 58 Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.

ciclista ciclofaixa
Ciclista vence congestionamento em São Paulo, utilizando uma ciclofaixa. Foto: Willian Cruz/VdB

Acostamento é lugar de bicicleta

Nas rodovias, o acostamento é o lugar reservado não apenas para paradas de emergência, mas também para circulação de pedestres e ciclistas. Essa é a principal razão para motoristas e motociclistas não circularem por ele: você pode atropelar alguém.

ACOSTAMENTO – parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.

ciclistas em acostamento de rodovia
Ciclistas têm direito garantido por Lei de circular no acostamento de rodovias. Foto: Willian Cruz/VdB

Motoristas devem proteger os ciclistas

A legislação de trânsito é bastante clara: motoristas devem proteger ciclistas e pedestres. E cabe também ao ciclista zelar por quem está a pé.

Art. 29. § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

Portanto, mesmo que o motorista julgue que um ciclista ou pedestre não está de acordo com as normas de trânsito, deve protegê-lo. Não só por uma questão legal, mas também moral.

Dentro desse conceito de proteção, há vários outros artigos definindo a conduta de quem dirige ou conduz uma moto. Sempre priorizando a vida das pessoas.

ciclista retrovisor
Quem dirige precisa estar atento e proteger a fragilidade de quem pedala. Foto: Willian Cruz/VdB

Não colar no ciclista ou espremer contra a calçada

O motivo para não apertar o ciclista contra a calçada é bastante óbvio. O ciclista pode tocar com o pedal ou as rodas o meio-fio, ou mesmo ser tocado pelo automóvel. Em qualquer um dos casos, há risco de morte, não apenas pela queda mas pela possibilidade de cair sob as rodas do carro, ônibus ou caminhão – seja o que provocou a situação, seja aquele que vier logo em seguida.

Já “colar” na traseira do ciclista cria uma situação em que o motorista será incapaz de frear a tempo caso o ciclista sofra uma queda, que pode até mesmo ser em virtude de um buraco, por exemplo. É preciso manter distância.

Perceba que, por ser a bicicleta um veículo, essas duas situações são contempladas aqui, consideradas como uma infração frave:

Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo:
Infração – grave;
Penalidade – multa.

Dar a preferência

O ciclista que está circulando na via ou que a está cruzando tem sempre preferência prevista em Lei. Além do artigo 58, que já citamos ali em cima, há outros dois pontos do Código de Trânsito que deixam isso bem claro.

Aqui, a Lei diz que o motorista deve aguardar a passagem do ciclista em vez de cruzar na sua frente. A razão é que essa situação pode causar uma queda grave, ou mesmo um atropelamento.

Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
(…)
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.

Quando um ciclista ou pedestre está cruzando a via, quem está num carro ou moto deve aguardar a conclusão da travessia. Mesmo se não houver ciclovia ou faixa de pedestres. E mesmo o sinal abrir.

Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado:
II – que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo;
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa.
IV – quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja sinalização a ele destinada;
V – que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo:
Infração – grave;
Penalidade – multa.

Finas e fechadas

O motorista ou motociclista deve ter especial atenção ao ultrapassar um ciclista. Infelizmente, é muito comum que as pessoas passem perto demais da bicicleta, ou mesmo que a fechem ao virar numa rua ou tentar entrar numa garagem. Essas situações estão previstas em vários trechos do Código.

Passar muito perto, a popular fina ou fino, cria uma situação de extremo perigo para quem pedala. Por essa razão, a Lei determina que o motorista deve passar a um metro e meio de distância do ciclista.

Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração – média;
Penalidade – multa.

A fina também é considerada uma ultrapassagem inadequada. Veja como deve ser feita uma ultrapassagem segura:

Art. 29.
XI – todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou.

Também é preciso reduzir a velocidade ao ultrapassar uma bicicleta, para não oferecer risco a quem está equilibrado em duas rodas. Uma ultrapassagem em alta velocidade pode fazer o ciclista cair apenas com o susto e com o medo de ser atropelado.

Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito:
(…)
XIII – ao ultrapassar ciclista:
Infração – grave;
Penalidade – multa.

ciclista carro fina
Motorista força passagem, ignorando a distância mínima e colocando em risco a vida do ciclista. Além do desrespeito ao Código de Trânsito, essa situação poderia ser enquadrada no Art. 132 do Código Penal, “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”. A pena é detenção, de três meses a um ano. Foto: Thomas Wang/VdB

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Olhar antes de abrir a porta

Abrir a porta do carro sem olhar pode causar até a morte de alguém. E não é exagero: além da pancada na quina da porta e da queda que se segue, que por si já podem causar danos muito graves, o ciclista pode cair na faixa ao lado, na frente de um carro em movimento. Esse motorista não terá tempo para reagir e o atropelamento será certo. Vale lembrar que, numa situação como essa, a pessoa que abriu a porta de forma imprudente será responsabilizada legalmente por essa consequência.

Por esse motivo, quem está no carro, seja motorista ou passageiro, tem obrigação de olhar antes de abrir a porta. Isso pode salvar a vida de alguém.

Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.

Estacionar ou circular na ciclovia

Parar o carro ou moto numa ciclovia ou ciclofaixa é infração grave, sujeita a multa e guincho. Isso porque a vida do ciclista é exposta a risco, uma vez que o obriga a sair da área de segurança e circular junto aos carros, muitas vezes no contrafluxo.

Além da infração, o motorista ou motociclista será responsabilizado legalmente por um possível atropelamento que decorra dessa situação.

Art. 181. Estacionar o veículo:
VIII – no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo;

Circular com carro ou moto numa ciclovia ou ciclofaixa é tão grave quanto dirigir sobre a calçada. Tanto que ambas as infrações são definidas no mesmo artigo.

Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (três vezes).

caminhão estacionado em ciclofaixa
Em situações como essa, o ciclista precisa trafegar de frente para outros carros, com grave risco de atropelamento. Foto: Willian Cruz/VdB

Quem ameaça ciclistas pode perder a habilitação

Condutas como as descritas acima, bem como jogar o carro em cima do ciclista, podem ser consideradas ameaças à vida. E constituem uma infração gravíssima, passível de suspensão do direito de dirigir, além de apreensão do veículo e da habilitação.

Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

Os deveres do ciclista no trânsito

Também visando a proteção à vida, o Código de Trânsito define regras de conduta para quem pedala. Veja quais são.

Vias de Trânsito Rápido

Ciclistas são proibidos de circular nas chamadas vias de trânsito rápido.

Art. 244, § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de:
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;

Mas ao contrário do que muita gente acredita, isso não significa que as bicicletas sejam proibidas em avenidas. Isso porque via de trânsito rápido não é simplesmente uma avenida onde os carros passam depressa. É uma definição técnica.

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO – aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.

Para uma via entrar nessa classificação, ela não pode ter semáforos, cruzamentos, entradas de garagem que não sejam com pistas de aceleração e faixas de travessia de pedestres. Se houver um desses elementos, em qualquer ponto da via, ela deixa de ser considerada “de trânsito rápido” e a circulação de bicicletas é permitida.

Mesmo assim, o ciclista deve avaliar se não há caminhos alternativos às grandes avenidas. Escolher trajetos com ciclovias, ciclofaixas e ruas calmas aumenta muito a segurança de quem pedala, como explicamos nesse artigo acompanhado de vídeo.

Levando passageiros e crianças na bicicleta

A Lei também define que passageiros e crianças devem ser transportadas de forma adequada. Pelo texto, conclui-se que não é permitido levar um passageiro “no cano” (top tube) da bicicleta, apenas na garupa.

No caso de crianças, elas não podem estar em situação onde precisem cuidar de sua própria segurança, sem terem condições de fazê-lo. A cadeirinha, por exemplo, seria uma forma de prover essa segurança. Já uma criança pequena na garupa, que pode acabar se soltando e caindo, estaria em situação inadequada.

Art. 244, § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de:
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado;
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.

ciclista ciclovia criança cadeirinha
Para levar uma criança, use sempre a cadeirinha. Foto: Ivson Miranda

Não pode dar grau na bike

Pois é, gente. Lamento. A Lei diz que não pode fazer “malabarismo”, que pode ser entendido como manobras esportivas, nem “equilibrar-se em apenas uma roda”. Ou seja: não pode dar grau. Mas isso em via pública, circulando em meio ao trânsito. Dentro do quintal, na praça, no parque, pode. Ufa!

O mesmo artigo define ainda que o ciclista deve permanecer com as duas mãos no guidão, exceto quando for sinalizar aos motoristas. Nesse artigo explicamos como o ciclista deve sinalizar no trânsito. O texto também diz que não se deve levar carga demais na bicicleta, ou equilibrada de forma inadequada.

Art. 244, § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de:
Inciso III – fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
Inciso VII – sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de manobras;
Inciso VIII – transportando carga incompatível com suas especificações

Bicicleta na calçada

A calçada, ou “passeio” como diz o Código, é de uso exclusivo de quem está a pé. De bicicleta, você deve desmontar e empurrar. Mas o mesmo artigo define que a circulação sobre a calçada pode ser autorizada pelo órgão competente, mediante sinalização de compartilhamento.

PASSEIO – parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas nos passeios.

Art. 68. § 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.

Ao pedalar na calçada, ou mesmo na rua mas de forma “agressiva”, você pode ter a bicicleta removida (na linguagem popular, apreendida). Mas essa remoção só pode ocorrer fornecendo um recibo para pagar a multa e recuperar a bike.

Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração – média;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa.

ciclista passarela calçada
Ao passar por passarelas, calçadas e outras áreas de pedestres, o correto é desmontar e empurrar a bicicleta. Foto: Thomas Wang/Vá de Bike

Fila única

Quando estiverem pedalando na rua, os ciclistas devem manter fila única. Note que a Lei só determina essa conduta na pista de rolamento, não em ciclovias e acostamentos. No entanto, avalie se não haverá risco para você ou outros ciclistas antes de pedalar batendo papo lado a lado com o colega nas vias para ciclistas e acostamentos de rodovia.

Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a eles destinados:
Infração – média;
Penalidade – multa.

Equipamentos obrigatórios para as bicicletas

Pela Lei, ciclistas não são obrigados a usar capacete. Os equipamentos obrigatórios são buzina (campainha), luzes/refletivos e retrovisor. Mas esses itens devem ser fornecidos pelo fabricante.

Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
VI – para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os encarroçadores de veículos e os revendedores devem comercializar os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN.

Obs.: O Projeto de Lei 1504/2022 pretende cancelar a obrigatoriedade do uso de campainha e espelho retrovisor. No momento, está em tramitação no Senado.

Além desses equipamentos, as bicicletas devem vir com um manual contendo todas as normas de circulação e outras informações importantes para os ciclistas. Se você fabrica ou monta bicicletas e precisa de ajuda para preparar esse manual, fale conosco.

Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da comercialização do respectivo veículo, manual contendo normas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito Brasileiro.

Poder Público tem obrigação de proteger os ciclistas

O órgãos responsáveis pelo trânsito em rodovias e vias urbanas tem a obrigação de garantir a segurança dos ciclistas. Por isso, ao alegarem que “é perigoso” circular de bicicleta em tal rodovia, estão assumindo publicamente sua omissão ou falha em prover essa segurança.

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
II – planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e segurança de ciclistas.

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
II – planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais e promover o desenvolvimento, temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e das áreas de proteção de ciclistas;

Licenciamento e emplacamento de bicicletas

O Código permite aos municípios registrarem e licenciarem as bicicletas, caso decidam fazê-lo. No entanto, isso incorre em um desincentivo ao uso desse meio de transporte sustentável, caminhando em direção contrária ao que as cidades precisam.

Além disso, essa burocracia sempre vem acompanhada de diversos problemas de ordem prática, que são impossíveis de resolver. Esses problemas já foram elencados pelos ciclistas em Audiência Pública em São Paulo, quando se tentou implantar emplacamento e licenciamento de bicicletas no município.

Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários [importante frisar: do domicílio ou residência, isentando a bicicleta de registro e licenciamento quando o proprietário for de outra cidade].

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
XVII – registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações;
XVIII – conceder autorização para conduzir veículos de propulsão humana e de tração animal;

Clique aqui para ler a íntegra do Código de Trânsito

445 comentários em “Os direitos e deveres dos ciclistas no trânsito

  1. Caros
    Esta Associação esta solidaria com todos os envolvidos em resolver esta questão da paralisação da implantação do sistema cicloviário de São Paulo. Sistema este que esta sendo exemplo para as demais cidades de todo o pais aonde tudo que é bom para São Paulo é ótimo para todos. Desta maneira nos colocamos a disposição para ajudar naquilo que for possível. O que não podemos é esmorecer diante de atitude tão vergonhosa de um poder que deveria zelar pela cidade e seus cidadãos e não ir contra aquilo que gera o bem estar de uma população.

    Atenciosamente
    Luiz Carlos chaves
    Presidente – ACBC

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    1. A Policia Militar Pode Apreender A Bicicleta Caso Pegue A Pessoa Equilibrando Em Uma Roda Ou Fazendo Malabarismo Nas Ruas Da Cidade … Neste Caso A Bicicleta Pode Ser Apreendida ( Presa )?

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  2. Gostaria de ressaltar que sou ciclista assim como motorista e como ambos vejo muitas irregularidades nas leis e má interpretações. Primeiro essa história de “promover o desenvolvimento da circulação e segurança de ciclistas.” não existe na maioria do país. As vias do Brasil em geral foram construídas para movimentação de carros. Não podemos nos embasar pelos modelos de ciclofaixas européias ou demais. Nossas cidades não previam o uso de bicicletas e somente nos dias atuais tem sido implantadas “forçosamente” ciclofaixas em algumas vias da cidade o que na minha opinião só tornou o trânsito mais caótico. Se já era difícil andar de carro , agora tornou pior com uma faixa específica para ciclistas. LEvando em conta que em Curitiba existem várias ciclovias mas ninguém anda por ela. Preferem se enfiar no trânsito. Ao contrário do que foi dito ali, e apesar de estar no CTB, “salvo se estiver na faixa da direita:” é um artigo bem específico porque nessa faixa o condutor poderá desembarcar um passageiro, fazer uma conversão à direita, entrar num garagem, etc. Por isso essa exceção, porém uma condição primodial para esse artigo é que o veículo pode transitar na velocidade abaixo da mínima permitida desde que não obstrua ou retarde o trânsito. Não é um salvo conduto que você pode andar em qquer velocidade na faixa da direita. Imagine que estamos numa pista de 60km/h e a faixa da direita mantém essa velocidade e resolve entrar uma bicicleta a 20km/h. A chance de ocorrer freadas bruscas, acidentes com outro veículos é muito grande.A verdade é que se a bicicleta não acompanha o fluxo de carros, independente se está na velocidade mínima ou não, não deve entrar na pista. Não vou nem contar o fato que as bicicletas nem se portam como um carro na pista também, cortando carros, entrando nos corredores e tudo mais. Acho que lugar de bicicleta são nas vias específicas para isso. O CTB cita a bicicleta como veículo mas não fornece condições físicas para que a mesma possa ser incluída no trânsito com carros.Essa é a verdade.

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  3. Alguém me tira uma duvida?
    Eu estava saindo da garagem do meu prédio, que é sinalizada com luzes e alerta sonoro quando algum carro esta saindo.
    Uma ciclista descia a avenida pela calçada em velocidade inadequada e atropelou meu veiculo.
    Graças a deus ninguém se feriu.
    Mas e agora quem arca com os danos no veiculo?

    Obrigado

    Polêmico. O que acha? Thumb up 4 Thumb down 4

  4. OLA, HOJE DEIXEI MINHA BIKE NO MEIO FIO NA VIA PARADA, PARA RESOLVER ALGUMAS COISAS. LOGO QUE ENCOSTEI UM SENHOR VEIO ME DIZER QUE É PROIBIDO, PARAR BIKE EM MEIO FIO NA VIA, E QUE SE ALGUM VEICULO ENCOSTAR E ELA CAIR EM CIMA E CAUSAR DANOS MATERIAIS NO VEICULO, IREI SER PREJUDICADO, O SENHOR ESTA CERTO?? … NÃO TINHA BICICLETÁRIO ENTÃO PARA NÃO DEIXAR NA CALÇADA, ENCOSTEI NO MEIO FIO COM O CADEADO. FICO GRATO SE PUDEREM AJUDAR

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  5. ADITAMENTO:

    NAO É NADA ECO QQ COISA
    NAO É NADA BIO QQ COISA

    FAZER QQ COISA ERRADA

    EU, PESSOA, SOU SER DA NATUREZA E RESPEITO PORTANTO,
    MEREÇO E PRECISO RECEBER TB, RESPEITO

    ECO É ATITUDE CORRETA
    BIO É ATITUDE CORRETA

    andar de bicicleta na calçada e ainda em deboche !?

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  6. MALDITOS
    1000 vzs malditos
    todos os que usam as ideias boas para as desviarem para o mal > em exemplo > assim com o aviao, com a internet, com o uso da bicicleta, … …
    nem há a necessidade de discursar, de listar os argumentos sobre o fato do PQ, pelas leis, o pedestres tem razao diante de qq veículo entretanto, todos sao desrespeitosos com este
    sou uma senhora (mesmo que não fosse), pedestre, hj na tijuca, RJ, na calçada, olhando vitrine, fui atropelada por uma bicicleta que ainda, o cretino, me chamou a atenção como se eu estivesse errada, o fdp, mal carater … … MALDITOS TODOS

    pequenas atitudes, gratuítas, podem melhorar o social e o individual
    em contrapartida, tb, podem piorar !!!

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  7. Eu quero saber o que dis a lei sobre as obrigações e deveres sobre a construção de ciclovias, porque se o código de trânsito brasileiro,tem por obrigação proteger e assegurar a integridade física da queles que se utilizam das vias de circulação,as ciclovias construidas ao meu ver pela prefeitura de São Paulo,não atendem essa espespecificação. Já que as mesmas estão sendo contruidas sem proteção para ciclistas com obstaculos tais como galhos de árvores,buracos, asfalto inrregulares, em frente à comercios e residências,escolas infantis.E sem finalidade de conectar-se com:parques municipais, estações de trens e metrôs e terminais de ônibus.

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  8. Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

    se o acostamento for de materia pedregrosso como brita (Aquelas pedrinhas azuis escuro) eu posso considera-lo inadequado e entrar na rua ao lado da faixa?

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    1. Araujo, a altura do guidão não tem uma relação exata com a altura do selim, pois depende das medidas anatômicas de cada ciclista individualmente… o processo de “adaptação” da bicicleta ao ciclista começa pela escolha correta do tamanho de quadro… daí prá frente regulam-se a altura do selim e do guidão que proporcionem o melhor conforto e aumentem o rendimento ao pedalar … é o processo chamado bike fit e como disse irá levar em conta as medidas anatômicas de cada ciclista!!! Para entender melhor, dê uma pesquisada na net!!! Espero ter ajudado a responder a sua dúvida! Boas pedaladas!

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    2. Depende como você quer pedalar. Guidão mais alto costuma ser mais confortável para uso urbano, pois te mantém mais ereto, mas a distância selim/guidão precisa ser menor para você não precisar esticar demais os braços. Tem a ver com gosto e com ergonomia, o jeito é experimentar. 😉

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  9. Até interessante, referir “incolumidade”, a do pedestre. Fundamentalmente educação (falta de), é a conduta do cidadão paulistano, ora como pedestre, ora como condutor (isto é, também ciclista): tendemos sempre a infringir, desrespeitar, querer prevalecer. Oportunismo, é a regra. Começa com o cidadão-pedestre: aversão por semáforo. E uma vez condutor, infringir o que for viável. É a “pressa”, alega-se como pretexto. “Incolumidade”? Quem liga?

    Bem, oportunismo, pressa, versatilidade… Quem disse que ciclistas – bikes “comuns”, motorizadas e elétricas, entregadores e triciclos de carga – quem se importa com a “incolumidade” de pedestre? A CET, por exemplo: exerce alguma fiscalização de bicicletas em favor da incolumidade de pedestres? Alguma (que fosse) “campanha educativa”? Bicicletas sequer têm placas, como fiscalizá-las?

    “Carro deve dar preferência a ciclista, este atravessando a via, mesmo o sinal mudando” – incolumidade do ciclista, muito justo! E quando o pedestre atravessando a faixa, sinal verde para ele – bicicleta respeita a “incolumidade” dos caminhantes, hein, CET? Claro que não. Não é “pilotar” bike agressivamente? Ciclista sabe que dá em nada. Assim São Paulo pedala.

    Ah, esta é boa. Carro “tirar fina” de bike – que perigo! – infração média. Entretanto – embora o mesmo perigo – ciclista NA CALÇADA tirar fina de pedestre… é habitual! A CET toma alguma medida, um agente de trânsito? Ciclista, sobre calçada, ignora a incolumidade de qualquer pedestre: criança, idoso, deficiente etc. Isso não é conduta “agressiva”? E alguém liga?

    Genialidade! Criação “nossa” ou brilhante adaptação – da Europa, Estados Unidos? “Ciclovia pode ser implantada no sentido oposto ao do fluxo da via”. O legislador endossa o urbanista. Simplesmente, numa situação dessas, o próprio critério de mão de direção é violado pela insensatez. Se o pedestre for cruzar a via, dando atenção ao fluxo, pode ser colhido pela bicicleta – que vem… na contramão! E a tal “incolumidade”?

    Bicicleta, “excepcionalmente”, na calçada? Outra perigosa condescendência do Código. É misturar o que são, por natureza, imiscíveis: quem caminha e quem pedala. “Calçada é de pedestre!”? Claro, só que compartilhada – com obstáculos; lixo e entulho; postes mal instalados; cocô de cachorro acondicionados em saquinhos; skates e patins. Enfim: também bicicletas! É nosso exercitar de civilidade.

    Quê? Buzina, espelhinho e farol? Obrigatórios? Bom seria se fosse! Ao menos a campainha – drim, drim! – o pedestre ficaria alertado de bicicletas… na calçada e na contramão junto ao meio-fio!

    Farol? Ah, este sim! Só que… quem usa? Quem usa, usa é aquele trocinho tipo LED: pisca-pisca mal perceptível por carros e pedestres – iluminar o chão, para o ciclista, ilumina é nada! Espelhinho, para quê? Ciclista via de regra despreza a própria incolumidade. Equipamento obrigatório? “Obrigatório” como, se a CET sequer fiscaliza? Bicicleta não tem placas: são veículos clandestinos. Só “existem” em ciclovias e ciclofaixas de lazer, “lindinhas”!

    “Desmontar” – ciclista empurrar a bike, na calçada? Ora, certamente seria pagar mico! E a versatilidade do engenho, a habilidade do piloto? Triciclos de carga, veículos abomináveis quando nos calçadões, para cima da multidão de caminhantes: a CET se preocupa, com a “incolumidade” de pedestres?

    Epílogo. Para o trânsito de bicicletas, fora de ciclovias, o Código é tal qual. Aquela leizinha capenga, que trata de focinheiras para cães nas ruas: não funciona. Bicicletas e cães sem focinheira – o Poder Público não fiscaliza, não autua. E, aliás, quem seria o doido do “agente”: ir atrás do ciclista infringente, em disparada? Tão irreal quanto “autuar” um pitbul sem focinheira, não? Mas fiscalizar bicicletas, é preciso! FIM.

    Rubens Cano de Medeiros

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  10. por volta de quase 23 horas, vindo de uma cofraternização da igreja no Barreto/Niterói/ RJ uma viatura da PM na Via Rua São Loureço, Niterói/RJ enfia a ponta da viatra na frente da minha bicicleta elétrica ,e na abordagem, me informa que estou trafegando em alta velocidade rsrsrsrsrsrsr ( Bicicleta Elétrica) e na ciclovia as 23H pista vazia , local perigoso, na conta-mão. Existe contra-mão em via de cilismo. Ja pesquisei em resolução de CONTRAN, dódigo de Trânsito não achei nada. Acho que os PMs desconhecem leis de trânsito ou estava me querendo fazer rir. Tenho 3 sursos de legislação detrânsito. Fui inspertor de trânsito por 10 anos. E nunca vi tamanha barbaridade.

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  11. Fui atropelado por um veículo automotor de passeio enquanto aguardava o tráfego de veículos à minha frente, parado sobre uma ciclovia no Rio de Janeiro. Havia uma sinalização de “pare” para os ciclistas mas eu estava após ela, já sobre a faixa vermelha pintada no chão mas antes da esquina. O condutor está justificando uma infração da minha parte, pela não observância da sinalização, mas ao sair do carro confessou não ter-me visto. Ele me deu toda assistência, não tive nenhum ferimento e não fizemos Bo. Agora ele se exime da responsabilidade de me ressarcir os danos. Existe alguma forma de nesta situação eu ter infringido como ciclista alguma lei do CBT?

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    1. Leonardo, se foi ele quem te atropelou e não você quem colidiu com a lateral do carro, vai ser difícil ele provar que a culpa é sua. Ainda mais que o CTB diz claramente que o veículo maior tem responsabilidade pelo menor. E você estava na ciclovia. É como dizer que atropelou o pedestre na faixa porque ele atravessou correndo por ela com o carro passando, ainda que seja esse o caso seria muito difícil dar ganho de causa ao motorista (opinião de leigo, não de advogado).

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